União do corpo, da mente e da alma. Essa é a definição pura para a ioga, uma prática indiana milenar que, de longe, parece apenas uma seqüência de exercícios posturais, mas na verdade engloba vários setores da vida humana.
A técnica trabalha, além do corpo, a disciplina, o controle da força vital e das emoções, a concentração, a meditação e a hiperconsciência. É complexa assim...
Você pode até estranhar como uma modalidade tão profunda cative pequenos adeptos entre os três e 14 anos de idade. Sim, eles não têm a menor idéia da filosofia por trás da ioga, mas se divertem a valer. E o que é melhor: cada vez mais a prática tem trazido excelentes resultados na saúde e na vida desses baixinhos.
Diverte, trata e educa.
Um estudo recente desenvolvido pela clínica de psiquiatria e psicoterapia infantil da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, concluiu que a ioga pode ser considerada um tratamento complementar para o chamado transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). De acordo com os cientistas, a técnica mostrou-se mais eficaz do que outras práticas corporais ou atividades físicas na redução dos sintomas relacionados ao distúrbio. Esse poder estaria na capacidade da ioga em melhorar a concentração e reduzir a ansiedade dos praticantes.
No Brasil, um projeto no Hospital das Clínicas, em São Paulo, aplica, desde 2005, aulas de ioga em crianças portadoras de distrofia muscular, uma doença ainda sem cura e que provoca degeneração progressiva nos músculos de todo o corpo — inclusive os respiratórios. O trabalho, que faz parte da tese de mestrado do professor de educação física Marcos Rojo, já demonstra ótimos resultados. As crianças apresentaram uma melhora de 10% na capacidade respiratória. “Até conseguimos adiar em dois anos a necessidade do uso de aparelho respiratório”, comemora o professor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário