Em Olímpia (berço dos jogos olímpicos originais) foram encontradas pedras que apresentavam vestígios de atividade física, ou seja, eram levantadas. A história mais conhecida é a de Milos de Crotona, discípulo do matemático Pitágoras (500 a 580 A.C.) e atleta olímpico, cujo nome batizou a cidade italiana de Milão.
Milos, seis vezes vencedor dos jogos olímpicos, possuía um dos métodos de treinamento mais antigos da humanidade, cujo princípio é utilizado até hoje, a evolução progressiva da carga. Ele treinava carregando um bezerro nas costas para aumentar a força dos membros inferiores, e à medida que o bezerro se desenvolvia, mais sua força aumentava.
Relatos também mostram sua preocupação com a suplementação alimentar. Milos comia por dia 9 kg de pão, o mesmo de carne e bebia 10 litros de vinho, gerando algo em torno de 57 mil calorias. Sua história, porém não tem final feliz. A lenda diz que Milos morreu devorado por lobos, depois de ficar preso ao dar um golpe em uma árvore.
Através da história dos povos sempre houve personagens que realizavam demonstrações de força e foi assim que a musculação moderna surgiu no século XIX, inicialmente como demonstrações de força e exibição física em feiras e circos. Isso popularizava o esporte, mas dando lhe uma aura de exotismo e prejudicando sua organização.
Essas duas posturas exibição física e demonstrações de força evoluiriam para o fisiculturismo (ou simplesmente culturismo) e o halterofilismo (em suas diversas formas de levantamento de peso). No primeiro, como diz o nome, fisicultura, é o desenvolvimento do físico através da prática de exercícios de musculação e rígida disciplina nutricional, cultivando o corpo e a forma do atleta. Esta forma é o objetivo, embora o atleta também desenvolva sua força.
Na segunda, halterofilismo, o objetivo principal se inverte, é a capacidade do atleta de levantar pesos o que conta. Esta, talvez pela maneira mais direta de quantificar e comparar as marcas atingidas, se transformou em esporte primeiro.
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