Musculação no processo de emagrecimento Segundo Wilmore e costill (2001), estudos sustentam o uso do treinamento de força para promover alterações favoráveis do perfil lipídico, embora os resultados nem sempre tenham sido consistentes de um estudo a outro. Quando foram observadas alterações da concentração sérica (combinação do colesterol total contido em cada uma das diferentes lipoproteínas) de lipídios, elas refletiam, em geral, uma diminuição da relação colesterol total – HDL-colesterol ou LDL-colesterol. O treinamento de força, também, reduz o risco de obesidade. Evidências indicam que um programa de treinamento de força aumenta a massa isenta de gordura e diminui a massa gorda do praticante.
Alguns cientistas especulam se esse aumento de massa isenta de gordura aumenta a taxa metabólica de repouso do indivíduo, pois o músculo é mais metabolicamente ativo do que a gordura. Isso aumentaria o gasto calórico diário. De acordo com Campos (2001), apesar dos exercícios de força em musculação não utilizarem gordura no momento do exercício (somente ATP-CP e glicólise anaeróbia), há uma grande utilização de lipídios entre uma série e outra dos exercícios, por causa da atividade aeróbia aumentada, no intuito de recuperar os sistemas anaeróbios depletados. Ainda, o metabolismo permanece alto por várias horas, o que aumenta a oxidação de gorduras. É importante lembrar que, em repouso, a produção energética depende quase que exclusivamente do sistema aeróbio e as gorduras são a principal fonte de energia nesta situação. Influência do Exercício Aeróbio As atividades que desenvolvem a endurance (atividade aeróbia prolongada) cardiovascular são o coração do programa de exercícios. São destinadas a melhorar tanto a capacidade quanto a eficiência de seus sistemas cardiovascular, respiratório e metabólico. Essas atividades também o ajudam a controlar ou reduzir seu peso corporal. Atividades como a caminhada, o trote, a corrida, o ciclismo, a natação, o remo, a dança aeróbia, o step e a escalada são boas atividades de resistência à fadiga (Wilmore e Costill, 2001). A atividade aerobia, leve e moderada, de média a longa duração, é a melhor opção para o indivíduo que deseja emagrecer. Isto porque neste ritmo, o organismo utiliza cerca de 50% de carboidratos e 50% de gorduras como as principais fontes de energia durante o início do exercício.
Conforme o tempo de atividade vai aumentando o corpo passa a utilizar predominantemente gorduras como principal fonte energética. Já no exercício de alto intensidade a porcentagem de gordura utilizada diminui para aproximadamente 33% e a de carboidrato aumenta para aproximadamente 67%. Caso a atividade aerobia seja de alta intensidade, a principal fonte de energia serão os carboidratos, porém o exercício não terá longa duração. Mas existe um grupo de estudiosos que preconiza a utilização das gorduras para resintese do ATP ao final do exercício durante a fase do EPOC (consumo excessivo de oxigênio pós-exercício). Segundo McArdle et al. (1998), o exercício aeróbio submáximo gera um aumento significante no metabolismo das gorduras, mais precisamente no catabolismo. Já, os vários métodos tradicionais de treinamento com resistência conseguem aperfeiçoar a capacidade geradora de força do músculo, porém esses exercícios proporcionam um estímulo apenas mínimo no sentido de aprimorar a capacidade aeróbia e de reduzir a gordura corporal e exercem um efeito muito pequeno no sentido de modificar o perfil dos lipídios sanguíneos (gorduras no sangue) do indivíduo e outros fatores de risco para os distúrbios que o excesso de gordura pode vir a gerar.
Com isso, concluísse que o exercício tradicional com treinamento de resistência não deveria constituir a maior parte de um programa elaborado para o aprimoramento cardiovascular e o controle e diminuição de peso corporal. Porém, o custo calórico do exercício pode ser aumentado de forma a produzir aprimoramentos em mais de um aspecto da aptidão pela modificação da abordagem padronizada ao treinamento de resistência.
Essa abordagem denominada, treinamento de resistência em circuito, deixa de enfatizar os curtos intervalos de sobrecarga muscular local maciça, para poder proporcionar um condicionamento mais generalizado capaz de aprimorar a composição corporal (aumentando o catabolismo de gorduras), aumentar a força muscular e a resistência muscular localizada, além de melhorar a aptidão cardiovascular. Influência da Ginástica aeróbia e Localizada A ginástica, tanto aeróbia quanto localizada, pode contribuir para o emagrecimento no sentido de aumentar a demanda energética. na extensão do tempo de aquecimento aeróbio tendo como objetivo central o aumento do gasto calórico total e no trabalho de endurance muscular mais longo, traduzindo um incremento no sistema energético aeróbio. Já a ginástica localizada influencia o gasto calórico no desenvolvimento dos trabalhos de força de maiores intensidades, pelo incremento do sistema anaeróbio de energia, proporcionando um déficit energético que será reposto ao final da atividade tendo como principal fonte para resintese do ATP a gordura (Costa, 1998). Conclusão Segundo Wilmore e Costill (2001), o treinamento de força promove ganhos de massa isenta de gordura e tanto o treinamento de endurance quanto o de força promovem a perda de massa gorda. Para perder peso, os atletas devem combinar um programa moderado de treinamento de endurance e de força com uma restrição calórica modesta. Contudo, a melhor opção para o emagrecimento é praticar o maior número de atividades possíveis, sem sobrecarregar o seu corpo, para não gerar overtraining. E associado a isso iniciar uma reeducação alimentar, melhorando a qualidade e a quantidade dos alimentos ingeridos.
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